terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Morre o desenhista Al Rio


Al Rio numa das fotos que estão na sua página no Facebook 

Morreu hoje de manhã, aos 40 anos, o desenhista Álvaro Araújo Lourenço do Rio, mais conhecido no mercado editorial como Al Rio. O artista foi encontrado morto nesta manhã em sua residência, em Fortaleza.
Ao lado de nomes importantes como Mike Deodato e Marcelo Campos, Al Rio fez grande sucesso no mercado de histórias em quadrinhos nos Estados Unidos, atuando em editoras da Marvel, DC, Vertigo, entre outras, dando vida a personagens famosos como Capitão América, O Incrível Hulk, X-Men, Homem Aranha e Vampirella.
A causa da morte de Al Rio não foi divulgada.

Marcio Baraldi lança documentário sobre Rodolfo Zalla


Baraldi e Zalla, numa foto de Fernando Fortes

O cartunista Marcio Baraldi fará no próximo sábado, 4 de fevereiro, durante o Prêmio Angelo Agostini, em São Paulo, um pré-lançamento do documentário Ao Mestre com Carinho, sobre Rodolfo Zalla – um dos maiores Mestres do Quadrinho Brasileiro.  Esse é o primeiro documentário sobre o artista. Baraldi, que sempre foi fã de Zalla, durante o evento também participará de um debate sobre a nova lei do Quadrinho Nacional.
O documentário tem direção e produção de Baraldi e será exibido parcialmente na entrega do Prêmio Angelo Agostini. O evento contará com a presença do próprio Rodolfo Zalla que estará autografando o DVD, além de suas novas revistas de terror, Calafrio.
Além do documentário, o DVD traz ainda vários extras, entre causos engraçados, capas vetadas de revistas, e galerias de fotos e artes de Zalla, totalizando 72 minutos de duração.


Ao Mestre com Carinho – Documentário de Marcio Baraldi sobre Rodolfo Zalla

Rodolfo Zalla nasceu na Argentina em 1931 e iniciou sua carreira nas revistas Poncho Negro e Patoruzito, publicações muito populares na época. Imigrou para o Brasil em 1963 onde encontrou um farto mercado de trabalho e imediatamente se tornou um artista de quadrinhos mega prolífico. Ao lado de artistas como Jayme Cortez, Miguel Penteado, Eugenio Colonnese, Rubens Cordeiro, Luis Saidemberg, Primaggio Mantovi, Getúlio Delphim, Julio Shimamoto, Flavio Colin e Osvaldo Talo, entre outros, construiu e vivenciou um dos momentos mais felizes e intensos da HQ brasileira: as décadas de 1960 e 1970. Nesta época, editoras como Taika (ex-Continental e Outubro), GEP, Edrel e Jotaesse, capitaneadas por editores visionários como José Sidekerskis (o Zelão), Manoel Cassoli (o Manelão), Heli Lacerda, Minami Keizi e o próprio Miguel Penteado, apostavam todas suas fichas no quadrinho 100% nacional, lançando milhares de revistas de todos os gêneros, do farwest ao terror.
Zalla, com seu profissionalismo ímpar, rapidez e criatividade ilimitadas, logo destacou-se no mercado produzindo milhares de páginas de quadrinhos de aventuras, super-heróis, farwest e, sobretudo, terror, sua grande paixão! Em meados dos anos 70, quando as editoras fecharam suas portas por pressão da ditadura militar e da censura, Zalla migrou para o mercado de livros didáticos, onde quadrinizou todos os capítulos da História da Humanidade, do Homem Primata até a Segunda Guerra Mundial. Quadrinizou também toda a História do Brasil. Feitos até então inéditos nesse mercado!
Na década de 80, Zalla provou mais uma vez seu pioneirismo e espírito empreendedor fundando sua própria editora, a D-Arte, pela qual lançou os gibis Johnny Pecos, Calafrio e Mestres do Terror. Estes dois últimos durariam dez anos ininterruptos nas bancas.
Hoje, aos 80 anos de vida e 60 de carreira, Zalla é um dos últimos Mestres vivos de sua geração.
E bota vivo nisso! Mesmo com a idade, Zalla nem pensa em se aposentar. Continua produzindo todo santo dia e desenhando melhor que nunca. Lúcido, inteligente, articulado e bem humorado, Zalla tem prazer em relembrar sua longa trajetória de vida, cheia de causos e histórias pra contar.
Histórias que você conhecerá agora neste documentário, realizado com todo carinho, a este grande Mestre do Quadrinho Brasileiro e Mundial.

"Obrigado por tudo, Mestre Zalla!" [Marcio Baraldi, janeiro de 2012]



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Desenhistas Desenhados... 5


No dia 26 de janeiro, quando do lançamento do livro "Crocodilo", do cartunista Guidacci, Celso Mathias, que foi seu aluno, nos bons tempos de Senac, esteve presente ao lançamento e aproveitou para registrar duas imagens do mestre em traços ligeiros cheios de talento.
O resultado o amigo pode ver em primeiríssima mão.

Fotos do lançamento do novo livro do Guidacci

Liliana Ostrovsky, Guidacci, eu e Deborah Trindade
Guidacci e Ivan de Souza, filho do cartunista Henfil
O cartunista Elihu também prestigiou o lançamento do mestre
Celso Mathias e Guidacci
Para os habituais furões que nunca prestigiam os lançamentos das obras de nossos desenhistas, deixo aqui uma pequena coleção de fotos com registros de alguns colegas que estiveram presentes na Livraria da Travessa, do Shopping Leblon, quando o cartunista Guidacci lançou seu mais recente livro "Crocodilo".
Estiveram presentes, além da Liliana Ostrovsky, Deborah Trindade, Elihu e Celso Mathias, o cartunista Amorim e o biólogo Jorge Lima, do grupo Caricatura Solidária, entre outros amigos e parentes do artista.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Novo livro do Guidacci

Amanhã, quinta-feira, dia 26, a partir das 19h, acontece na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, o lançamento do livro O Crocodilo, com roteiros e desenhos de Jorge Guidacci
A obra baseia-se no conto do russo Fiódor Dostoiévski, que narra a história de um homem que foi engolido por um crocodilo em uma exposição.
A Livraria da Travessa do Shopping Leblon fica na Av. Afrânio de Mello Franco, n° 290, loja 205 A, 2° piso.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Agenda Henfil no Bip Bip

Nesta terça Feira dia 17 de Janeiro, Ivan de Souza, filho do cartunista Henfil, fará o lançamento da Agenda 2012 do Instituto Henfil, no Bip Bip.
Na imagem que ilustra esta postagem, o amigo internauta pode ver mais detalhes.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Homenagem ao Henfil



Em 1988 eu passei o mês de janeiro cobrindo as férias do Guidacci no Jornal do Commercio. Coincidentemente, no dia 4 daquele mês, Henfil faleceu em decorrência da Aids, cujo vírus contraiu numa transfusão de sangue submetida devido a sua condição de hemofílico.
Recebi a notícia da morte de Henfil quando cheguei em casa já quase meia-noite (na época não tínhamos a internet para nos deixar informados em tempo real). Fui para a prancheta tentar bolar alguma coisa bacana para homenagear o cartunista e que pudesse ser publicado no Jornal do Commercio no dia seguinte. Esse jornal é um dos mais antigos do Brasil, e sua linha editorial não permitia charges que fugissem do tema “política e economia”. Mesmo assim, resolvi desenhar alguma coisa. Peguei as revistas Fradim, dei uma olhada na minha coleção de Pasquim e tentei imitar o traço de Henfil. Quem vê assim de primeira seus desenhos pode até acreditar que é fácil chupinhar aquele traço caligráfico, mas copiar os desenhos de Henfil é como tentar falsificar uma assinatura.
Olhando os desenhos de Henfil, a gente percebe que ele costumava desenhar com canetas hidrocor, pilot ou coisa semelhante. Os traços eram firmes e ligeiros, e as linhas eram aparentemente carregadas de tinta. E esse era o problema. Eu sempre fui um desenhista medíocre. Não consigo desenhar sem antes fazer dezenas de esboços, e só depois de muitas tentativas finalizo com nanquim. Para piorar, naquela época eu desenhava com bico de pena, daquelas que a gente mergulha num vidro de tinta naquim, o que praticamente me impossibilitava de arriscar e desenhar no papel direto, sem esboço e sem pensar muito como aparentemente fazia Henfil. Fiz vários rascunhos e até finalizei alguns, mas cada vez que terminava um desenho eu praticamente odiava e jogava na lixeira. Depois de horas tentando, lá pela alta madrugada terminei um que ficou “menos pior”, no caso o que ilustra essa postagem.
Durante a tarde, cheguei na redação do Jornal do Commercio e mostrei o desenho para o Aziz Ahmed, que era o nosso diretor executivo, e pedi a ele para me deixar publicar o desenho. Aziz tinha fama de durão, mas apenas olhou e, sem dizer nada, fez um sinal positivo e aprovou.
O desenho, obviamente, nem de longe chega aos pés do traço que Henfil imortalizou. Mas foi o máximo que eu pude fazer no alto da minha inexperiência. Detalhe: a legenda foi feita com o auxílio daquelas lâminas de Letraset, já extintas.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ziraldo na Tradição. Saiba como desfilar!


Venha Participar do Carnaval do Rio com o Ziraldo na Ala do Salão de Humor de Caratinga da Tradição!


Já estão abertas as inscrições para participar da ala Salão de Humor de Caratinga que desfilará na Escola de Samba Tradição, cujo enredo é uma homenagem ao cartunista e escritor caratinguense Ziraldo, no carnaval do Rio deste ano.
Para melhores informações os interessados podem entrar em contato com o cartunista Edra, responsável pela ala, através do telefone (33) 9150-3693 ou pelo e-mail edracartunista@gmail.com.