sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Homenagem a Angelo Agostini


Cem anos sem Angelo Agostini merece uma homenagem especial.
Este genial artista gráfico, criador da primeira HQ do mundo (As Aventuras de Nhô Quim) em 30 de Janeiro de 1869, fundou os mais importantes jornais do Brasil na época (Diabo Coxo, O Cabrião, Revista Illustrada) e colaborou com inúmeros outros (O Mosquito, Vida Fluminense, Tico-tico).
Suas charges eram lidas e discutidas por todos. Ele era realmente popular.
Infelizmente, morreu sem reconhecimento.
A Escola de Arte Pandora quer reparar isso com uma exposição de professores. alunos e notáveis caricaturistas e quadrinhistas dos tempos atuais: Amorim, Bira Dantas, Caio Yo, Clovis Lima, Edgar Franco, Fabiano Carriero, Leandro Doro, Matheus Moura, Matheus Mazzari, Moretti, Morettini, Nei Lima, Pacheco, Toni d'Agostino, Uenderson e Will dão a graça de seus traços em honra do nosso passado.
Pois sempre é tempo de provar que temos memória sim e que um Mestre como Angelo Agostini não será esquecido nunca.

Exposição de 30/01 à 13/02.
Das 9h às 19h (de segunda à sexta) e das 9h às 13h (sábado)
Nova Pandora, Escola de Arte
Rua Joaquim Novais, 146
Fone (19) 3234.4443
Cambuí • Campinas - SP
Mais informações:
http://blog.pandora.art.br/
Material enviado pelo Bira Dantas.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Encontro de Cartunistas


Nesta quarta-feira, dia 27 de janeiro, reuni na minha casa os cartunistas André Brown, Diego Novaes, Duartte, Nei Lima e Souza.
A idéia do encontro foi apenas para mostrar alguns desenhos originais que possuo de desenhistas consagrados como Nássara, J. Carlos, Guidacci e Mendez, além de alguns dos meus livros sobre o assunto.
O que era para ser um bate-papo sem maiores pretensões acabou se transformando num debate acalorado sobre as maiores dificuldades que enfrentamos no mercado editorial. Entre os problemas mais presentes observamos que quase 100% dos cartunistas cariocas cobram valores muito abaixo daquilo que realmente poderiam cobrar e, obviamente, debatemos sobre uma famosa editora especializada em passatempos que paga valores ridículos por um desenho.
Não faço a menor idéia se a partir deste primeiro encontro algumas ações vão surgir, mas acho que vale a tentativa de projetar alguma coisa em grupo para breve. Vamos ver.
Na foto, da esquerda para a direita, eu, Duartte, Diego Novaes, Souza, Nei Lima e André Brown.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Wilson Simonal


Sou um privilegiado. Minha irmã me deu de presente de Natal aquilo que ela chamou de “Kit Simonal”. Trata-se, na verdade, de três presentes: o DVD do ótimo filme Ninguém sabe o duro que dei, mais a trilha sonora deste mesmo filme e o livro A vida e o veneno de Wilson Simonal, de Ricardo Alexandre, biografia lançada pela editora Globo.
As três peças são imperdíveis e imprescindíveis para quem gosta da boa música brasileira, independente das preferências de estilos. Simonal, apesar de um atraso de muitos anos, está sendo redescoberto e reverenciado como um dos nossos maiores talentos. Eu, que passei parte da minha infância ouvindo “Meu limão, meu limoeiro”, “País tropical”, “Vesti azul”, entre outras, estou matando a saudade dessas músicas, quase “furando” o disco de tanto que eu o coloco no drive do meu computador.
Longe de querer fazer desse espaço um meio para falar de música (assunto que eu domino tanto quanto basebol) e, independente dos motivos que levaram Wilson Simonal a ter um final digno dos piores vilões (que nem o assassino da atriz Daniela Perez e nem algum dos nossos políticos corruptos terá), recomendo os três produtos citados para aqueles que gostam de música de qualidade e boas histórias.
Para nós desenhistas, quase sempre esquecidos pelos pesquisadores, no filme aparecem, com algum destaque, os traços de Lan e Henfil.
Ah, a caricatura que ilustra essa postagem mostra Wilson Simonal e o Mug, boneco da sorte que foi febre nos anos 60, e é de autoria do Nei Lima, um dos nossos mais talentosos desenhistas de humor que, inexplicavelmente, anda longe das páginas da nossa imprensa.