sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Liliana Ostrovsky e Fani Loss


A argentina Liliana Ostrovsky e a capixaba Fani Loss, duas das desenhistas mais talentosas do Brasil, inauguram no próximo dia 9 de fevereiro, às 17 horas, no Centro Cultural Solar Botafogo, a exposição "A Sétima Arte Ilustrada" - caricaturas e ilustrações inspiradas em filmes e suas personagens.
O Centro Cultural Solar Botafogo fica na Rua General Polidoro, nº 180, Botafogo.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O elogio pornofônico do Ziraldo


Em 2007no auditório da faculdade CCAA, na Rua 24 de Maio, assisti a uma palestra de Hans Donnerquando Mago da TV defendeu a tese de que a Bandeira do Brasil apresenta um erro grave na sua concepção gráfica. No caso, para Hans, a faixa branca onde se lê “Ordem e progresso” está disposta de maneira errada, já que a mesma apresenta-se em forma de parábola cadente, isto é, a faixa em curva está desenhada da esquerda para a direita, mas de cima para baixo, o que dá a sensação de decadência. Na visão de Hans Donner, a faixa deveria ser apresentada em sentido contrário, de baixo para cima, para passar a ideia de evolução constante. Hans Donner afirma ainda que a palavra amor deveria ser incluída na frase impressa em verde, transformando-se em “Amor, ordem e progresso”. Enquanto defendia sua tese, o consagrado artista exibia uma projeção de imagens com alguns experimentos criados por ele tendo nossa Bandeira como tema. Num deles, o símbolo da Pátria surgia com as características citadas, mas com mais uma modificação fruto de sua criatividade. Onde costumeiramente se vê a esfera azul dividida pela faixa branca com a famosa frase, Hans Donner a substituiu por um coração, expondo toda a sua paixão pelo País que o recebeu e o consagrou como um dos maiores nomes da televisão mundial. Ao exibir sua bandeira incomum, Hans Donner lembrou que ao ver sua criação o cartunista Ziraldo arregalou os olhos e exclamou: “Filho da puta!”. Mas não foi assim um palavrão dito como quem reclama de um árbitro que deixou de marcar um pênalti escandaloso a favor de nosso time, mas uma forma de enfatizar sua admiração pela obra que acabara de ver e aprovar. “Ele me chamou de filho da puta, e eu adorei”, disse Hans Donner em sua palestra.    
Quando da realização do 10° Salão Internacional de Humor de Caratinga, em 2009, fomos convidados para fazer parte da comissão julgadora formada, entre outros, pelos cartunistas Gualberto, Nei Lima, Márcio Leite, Amorim, Jorge Inácio e Ferreth. Após o primeiro dia de trabalho, pernoitamos no hotel mais importante da cidade. Na manhã seguinte, todo o grupo se reuniu para tomar o café da manhã. Juntou-se aos jurados, o cartunista Edra, curador do salão de humor, e mais o Ziraldo – que foi um dos homenageados do evento – e Ge, seu irmão. Após o café, permanecemos às mesas e passamos a conversar sobre artes em geral, especialmente sobre desenho, a profissão de todos naquela mesa. Nei Lima, caricaturista carioca, levou para esta viagem seu inseparável caderno de desenhos. Durante muitos anos, Nei trabalhou como professor de uma faculdade em Niterói, e sempre aproveitava os vinte minutos de viagem de barca para desenhar, observando os passageiros que passavam a ser seus modelos exclusivos, resultando numa série de desenhos feitos à caneta BicNei Lima batizou esta série com o nome “Seres da Barca. Não há quem não goste desses desenhos. E o Ziraldo não ficou indiferente a esse caderno. “Filho da puta! Olha isso!”, disse o Ziraldo após fixar os olhos num dos desenhos do Nei, que riu orgulhoso por ter agradado o mestre. Com sua postura debochada e ao mesmo tempo satisfeito, Nei Lima passou parte dos 3 dias que permanecemos em Caratinga lembrando de que era, na visão do Pai do Menino Maluquinho, um “filho da puta” do desenho. E todos nós concordávamos e dizíamos: “Esse filho da puta desenho pra cacete!”. 
Numa das muitas vezes que estive com o artista plástico Jorge de Salles, em sua residência, na Rua Conde de Baependi, Laranjeiras, fiquei sabendo que o “elogio” também fora recebido após o artista mostrar umas das suas aquarelas ao Ziraldo. 
Quer dizer, ser chamado de filho da puta pelo Ziraldo não representa motivo para se sentir ofendido, nem para lembrarmos o quanto nossas mamães foram carinhosas e dedicadas. Ser chamado assim pelo pai (ou seria filho?) da Supermãe é um elogio impagável. E olha que nem todo mundo é filho da puta pro Ziraldo. Se ele te chamar assim algum dia, saiba que você é bom mesmo no que faz. 

X-X-X 

As três caricaturas que ilustram esta edição, são de autoria de um dos elogiados pelo Ziraldo, o talentoso Nei Lima, caricaturista do Rio de Janeiro, que atualmente desenha para os jornais O Dia e Meia Hora.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Lan no Carnaval 2014

A Mangueira e as outras Escolas de Samba do chamado "Grupo Especial" paparam mosca varejeira! 
A Renascer de Jacarepaguá terá como enredo no Grupo de Acesso o genial caricaturista Lan. A homenagem é válida, mas o Lan merecia um desfile no grupo principal.
Enquanto isso, vamos engolindo enredos equivocados como "Roberto Carlos", "Rock in Rio" e outras bobagens que nada tem a ver com o mundo do samba.

Claudio Russo, Lan e Moacyr Luz

domingo, 5 de janeiro de 2014

João Baptista e Guidacci

Ontem, dia 4 de janeiro, estive no Museu da República, no Catete, participando de um encontro de cartunistas. A boa surpresa do dia foi a presença casual de João Baptista, que foi meu professor de desenho do Senac. Um grande artista, pintor memorável e fã das boas coisas da vida. João Baptista está com 92 anos, mora próximo ao Museu da República e frequenta o local todos os dias para visitar as aves que vivem lá. Foi muito bom poder rever esse grande Mestre. A foto foi feita pelo cartunista Elihu.

Meus dois professores dos bons tempos de Senac, Guidacci (E) e João Baptista.