domingo, 10 de janeiro de 2010

Wilson Simonal


Sou um privilegiado. Minha irmã me deu de presente de Natal aquilo que ela chamou de “Kit Simonal”. Trata-se, na verdade, de três presentes: o DVD do ótimo filme Ninguém sabe o duro que dei, mais a trilha sonora deste mesmo filme e o livro A vida e o veneno de Wilson Simonal, de Ricardo Alexandre, biografia lançada pela editora Globo.
As três peças são imperdíveis e imprescindíveis para quem gosta da boa música brasileira, independente das preferências de estilos. Simonal, apesar de um atraso de muitos anos, está sendo redescoberto e reverenciado como um dos nossos maiores talentos. Eu, que passei parte da minha infância ouvindo “Meu limão, meu limoeiro”, “País tropical”, “Vesti azul”, entre outras, estou matando a saudade dessas músicas, quase “furando” o disco de tanto que eu o coloco no drive do meu computador.
Longe de querer fazer desse espaço um meio para falar de música (assunto que eu domino tanto quanto basebol) e, independente dos motivos que levaram Wilson Simonal a ter um final digno dos piores vilões (que nem o assassino da atriz Daniela Perez e nem algum dos nossos políticos corruptos terá), recomendo os três produtos citados para aqueles que gostam de música de qualidade e boas histórias.
Para nós desenhistas, quase sempre esquecidos pelos pesquisadores, no filme aparecem, com algum destaque, os traços de Lan e Henfil.
Ah, a caricatura que ilustra essa postagem mostra Wilson Simonal e o Mug, boneco da sorte que foi febre nos anos 60, e é de autoria do Nei Lima, um dos nossos mais talentosos desenhistas de humor que, inexplicavelmente, anda longe das páginas da nossa imprensa.

4 comentários:

A Desbocada disse...

Pois é um artista como Simonal teve o fim que teve. Ele não merecia ter sido apagado da história da música como foi. Seu talento foi varrido do cenário músical e só agora ressurge que como das cinzas que a ditadura nos deixou.
Espero que de algum lugar ele esteja vendo isso tudo que acontece com sua carreira pós morte.
Abraços Zé! Excelente tópico!

Nei Lima disse...

Graças aos filhos, Simoninha e Max, que não deixaram a peteca cair, o nosso Simonal está de volta com força total!
e que presentaço você recebeu, hein! Sua irmã te ama mesmo!
O Filme é também dirigido e roteirizado por um dos Cassetas, o Cláudio Manoel, mais conhecido por "seu" Créisson".
O engraçado é que o apresentador de programas de rádio e TV, César de Alencar, que era o dedo duro das repressão nem foi citado ou renegado, quanto foi o nosso Simonal, que era mesmo marrento!

PARABÉNS pelo EXCELENTE tópico, mô amiguim! E Obrigado pela citação do meu nome!

ABRAÇÃO!

arte do marchini disse...

showwwwwwwwwwww

fernandes disse...

Gostei muito do seu blog.
Tá nos meus favoritos.
Abração