terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Menino João


O mercado editorial não anda bem das pernas para os nossos desenhistas. São poucos os jornais e revistas dispostos a abrir suas páginas para a verve dos cartunistas e ilustradores brasileiros. Mesmo assim, todos os dias surgem novos artistas. Muitos, mesmo sendo extremamente jovens, aparecem com desenhos interessantes e alguns surpreendem pela maturidade.

De uns tempos para cá, a Internet fez chegar aos olhos mais atentos o novato João. Quem vê seus desenhos e lê seus textos, não imagina que o tal cartunista não é apenas jovem, mas é de fato uma criança. Isso mesmo, João é um desses meninos que a gente vê na rua soltando pipa, jogando futebol, ou fazendo traquinagens típicas de quem ainda não atingiu a adolescência. Aos doze anos, apenas doze anos, João Pedro é de São Paulo, e já carrega na sua bagagem desenhos publicados na revista Mad. No Orkut, o mais prematuro desenhista que habita o famoso site de relacionamentos, tem na sua lista de amigos veteranos consagrados da estirpe do Laerte, Ota e Bira Dantas. Mas o pequeno João não é apenas um desses meninos que desenha direitinho. Ele tem mesmo talento pro desenho de humor. É de fato um cartunista. E é tão bom que foi convidado para participar da exposição que encerrará as comemorações do Centenário da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, que acontecerá em março de 2009.

Os desenhos desse talentoso jovem podem ser apreciados no blog http://joaobarbosablog.blogspot.com/.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

4° Encontro Anual dos Cartunistas... 2

Guidacci, Nani e Agner.

4° Encontro Anual dos Cartunistas


Organizado pelo Ferreth, aconteceu no dia 6 de dezembro, o 4° Encontro Anual do Cartunistas, no Sindicato do Chopp, na Avenida Atlântica, Rio de Janeiro. Neste ano, os desenhistas de humor homenagearam o colega Nani, que recebeu uma placa... Estiveram presentes os cartunistas Aroeira, Chico Caruso, Ediel, Edra, Ferreth, Guidacci, Glen, Léo Martis, Léo Valença, Luimar, Nei Lima, Ota, Rê, Rosa Duval, Souza, Souto Maior, Ykenga e Ivan de Souza, filho do saudoso Henfil.
Na foto vemos Ykenga, do jornal O Dia, Agner, do Pasquim dos bons tempos, e Ferreth.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Henfil no seu bolso


Na área do humor gráfico, no que se refere à pesquisa, algumas obras tornaram-se referências definitivas. Difícil imaginar que algum dia, alguém poderá desenvolver um trabalho tão eficiente e complexo como Herman Lima e sua História da Caricatura no Brasil, publicada em 1962, pela editora José Olympio. Mais recentemente, em 1996, o professor Denis de Moraes publicou, também pela José Olympio, a biografia O Rebelde do Traço, contando sobre a vida de Henrique de Souza Filho, o cartunista Henfil. Este livro, editado em 578 páginas, é um estudo completo e muitíssimo bem elaborado, tornando-se, assim como a obra de Herman Lima para a caricatura nacional, numa referência obrigatória para os futuros estudiosos da vida e obra do cartunista criador da Graúna, Bode Orelana e Zeferino. Qualquer pesquisa do gênero que venha após essas, poderá passar em branco, ou ser apenas mais uma.
Márcio Malta, que quando ataca de cartunista assina seus rabiscos como Nico, arriscou e acertou na mosca. Lançou há pouco pela editora Expressão Popular, o livro Henfil o humor subversivo, contando parte da trajetória do cartunista, especialmente sobre sua atuação na história recente da política brasileira, mais especificamente durante os anos de repressão imposta pela ditadura militar. O lançamento aconteceu no momento que as campanhas eleitorais esquentavam nas ruas. Engraçado ver a irritação de alguns transeuntes quando abordados pelos muitos candidatos a vereador e prefeito. Mal sabem o quanto Henfil lutou por isso.
Mas, voltando ao livro... Está tudo lá. Malta nos conta sobre a formação do artista, os primeiros contatos com o jornalista e escritor Roberto Drummond e sua influência na vida de Henfil, da saudade do Betinho, seu irmão exilado; sua atuação no Pasquim, o programa TV Homem, as Diretas Já, e o drama da Aids que o matou aos 43 anos impedindo-o de viver na tão sonhada democracia e liberdade de expressão.
O livro é pequeníssimo, desses que a gente pode carregar no bolso. Porém, não se iluda. Como diz o velho ditado, tamanho não é documento. Em 93 páginas, o autor consegue, por meio de um texto sucinto e bem escrito, contar tudo que precisamos saber sobre o desempenho de Henfil num dos momentos mais sofríveis da nossa república. Aliás, devemos comemorar a vinda deste livro, e torcer pela carreira de Márcio Malta como pesquisador do humor gráfico brasileiro. Será muito bom para a memória da nossa caricatura, que ele entre para o time de historiadores composta por Herman Lima, Ruben Gill, Álvarus, Cássio Loredano, Ota e tantos outros. Que este Henfil o humor subversivo, seja o primeiro de muitos estudos.
Contatos com o autor pelo site: http://www.mundoemrabisco.com/.

Mudando de assunto... Como reagiria Henfil se testemunhasse as propostas do ministro Nelson Jobim sobre o fim do sigilo de fonte nos meios jornalísticos, limitando a atuação da imprensa? O que diriam seus personagens sobre o PT de Berzoini, Benedita, Jorge Babu e Lula, partido que ele um dia ajudou a criar? Que venham os Ubaldos!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Piracicaba... Meninas de Campinas



Keith Richards e Alcione, vistos pelas caricaturistas Lili Detoni e Larissa Leão...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Piracicaba... outra vez



Adam Rabelo, todo orgulhoso, posa ao lado das caricaturas de Ney Matogrosso e Nando Reis. Pro jovem caricaturista, a classificação já é uma vitória...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Piracicaba... Jal



Dois momentos com José Alberto Lovreto, o Jal, grande cartunista e um dos mais lúcidos e atuantes desenhistas brasileiros. Seu trabalho à frente da ACB, Associação dos Cartunistas do Brasil, é dos mais significativos. As fotos registram dois encontros, em 1995, no 22° Salão de Piracicaba; e o mais recente, na exposição com desenhos do Spacca, na Casa do Povoador, no 35° Salão de Humor de Piracicaba.