segunda-feira, 9 de julho de 2012

Jornal Olhar de Minas registra manifesto de cartunistas

Importante mostrar que o jornal Olhar de Minas registrou o manifesto assinado pelos colegas Jal e Gualberto sobre a exoneração do cartunista Edra da Casa Ziraldo de Cultura. 
Segue abaixo os recortes da edição do dia 8 de julho.



Mensagem de Zélio, irmão de Ziraldo, sobre a saída de Edra da Casa Ziraldo de Cultura



Zélio, irmão do cartunista Ziraldo, assim que soube da exoneração de Edra da Casa Ziraldo de Cultura, registrou a mensagem que transcrevemos abaixo:

Não dá pra entender...
Até ontem o Max Portes era um dos personagens que o próprio Edra incensava, como ilustre caratinguense alhures. 
Como pode o filho da dona Maria Figueiredo tomar uma atitude tão inexplicável. Foi o Edra quem fez, criou, lutou e, fugindo, por respeito aos padrões atuais, adquiriu assim, o direito moral de ocupar cargo e função. 
Pra ser saído tem de explicar o porque, quando e onde pra todos nós, eleitores e testemunhas do esforço, além de usuários privilegiados da criação e do trabalho. 
Uai, gente! Quequiéisso? Vamos para com isso?
Zélio

quinta-feira, 5 de julho de 2012

CARTA ABERTA À PREFEITURA DE CARATINGA

Ainda sobre a saída do Edra da Casa Ziraldo de Cultura... Entrei no site da prefeitura de Caratinga... Vocês acreditam que a secretaria de cultura não tem e-mail? Até dá para entrar num link da tal secretaria "Cultura, Esporte, Lazer e Juventude" (que puta salada, hein!), mas não tem um "fale conosco" ou qualquer link para mensagens de e-mail.
O nome do tal secretário dessa salada é Maximiano de Figueiredo Portes.
Agora publico na íntegra, carta aberta ao prefeito de Caratinga João Roberto Leodoro, assinada por Jal e Gualberto, sobre a exoneração do cartunista Edra que foi afastado do comando da Casa Ziraldo de Cultura.

São Paulo, 04 de julho de 2012

Ilmo. Sr. Prefeito
João Bosco Pessine Gonçalves

Ilmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Caratinga,
João Roberto Leodoro e demais vereadores

Cidadãos de Caratinga,

Esta carta representa as entidades de classe abaixo assinadas, com cerca de dois mil profissionais do humor gráfico brasileiro, integrantes de veículos de comunicação da imprensa escrita, TV e Internet, editoras de livros e agências de publicidade.
Aqui externamos, em carta aberta, nosso repúdio categórico à maneira pela qual o cartunista Edra, mentor e diretor da Casa Ziraldo de Cultura, foi exonerado de seu cargo pela Prefeitura de Caratinga.
É inegável a competência de Edra, ao longo de sua atuação na criação e manutenção do Salão Internacional de Humor de Caratinga. Um dos eventos que coloca a cidade onde Ziraldo nasceu no mapa cultural mundial. Não bastasse isso Edra lutou e idealizou a Casa Ziraldo de Cultura que já construiu uma história e faz parte da vida cultural da cidade com diversos eventos para todas as idades.
Em vez de uma justa homenagem, pelo relevante trabalho prestado em nome do município de Caratinga e pelos longos anos de diálogo entre a cidade e os cartunistas, Edra foi descartado por uma decisão notadamente política.
Apelamos, enfim, à sensibilidade do poder executivo e dos parlamentares. A Casa Ziraldo de Cultura não se resume a meras decisões administrativas e burocráticas. O espírito do local valoriza, acima de tudo, o livre pensar e a Arte. É assim que os cartunistas o compreendem.
Fazemos um apelo ao bom senso do Sr. Prefeito, que sempre demonstrou carinho por esse trabalho. Não será em sua gestão, assim insistimos, que esse rico diálogo cultural será desprezado.
Por princípio, acreditamos que o que há de mais admirável no exercício da política sempre paira acima das bandeiras e interesses partidários. É o governar pelo bem comum. Nós, cartunistas, somos justamente os maiores especialistas em traduzir, por meio de charges e cartuns, o pensamento do povo sobre tantos temas nacionais como esse.
Aguardamos uma resposta, o mais breve possível, à nossa solicitação em nível nacional.

Atenciosamente,

ASSOCIAÇÃO DOS CARTUNISTAS DO BRASIL (ACB), José Alberto Lovetro (JAL) – presidente (Acb.cartoon@yahoo.com.br)

INSTITUTO MEMORIAL DE ARTES GRÁFICAS DO BRASIL (IMAG), Gualberto Costa – presidente (hqmix@yahoo.com.br)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Exonerado, Edra não está mais à frente da Casa Ziraldo de Cultura


Edra literalmente vestiu a camisa de
Caratinga e do Humor Gráfico Brasileiro


Para quem ainda acha que tratar com políticos é coisa de amador, mais uma prova de oportunismo barato atinge um dos nossos colegas mais atuantes, o Edra. Todos sabem que o projeto que gerou a Casa Ziraldo de Cultura foi idealizado por ele, desde as primeiras edições do Salão Internacional de Humor de Caratinga.
Hoje, assim que entrei na internet, fiquei sabendo que o secretário de cultura do município de Caratinga (pessoa que eu não sei quem é, e possivelmente nem os eleitores da cidade sabem de quem se trata) acaba de exonerar o Edra da direção da Casa Ziraldo de Cultura. Uma atitude de total desrespeito que muito se assemelha ao que aconteceu com a Zetti em Piracicaba. Que nossos coleguinhas mais atuantes fiquem de olho. Afinal, estamos em ano de eleições municipais, e quem não aceitar fazer os joguetes dessa classe descarada e covarde pode acabar como a Zetti ou como agora o nosso amigo Edra. Prestem atenção em quem vocês votam!
Segue abaixo uma mensagem esclarecedora do Edra:


Fui exonerado, hoje, sem nenhum comunicado prévio, da Casa Ziraldo Cultura.

Espaço cultural que todos sabem, foi idealizado por mim e desde a sua criação, sob meu comando, foram realizados 14 lançamentos de livros, diversas palestras e 63 eventos dos mais diversificados segmentos.
A visitação chega a média de 150 a 200 pessoas por dia atingindo todas classes sociais e faixas etárias. 

Tudo isso sem a menor estrutura operacional. Sem telefone, sem computador e internet.
Até o ano passado só foi possível realizar todas as exposições com empréstimo dos meus biombos particulares, sem ônus.
Por fim, estava em total abandono. Tenho ofícios datados de outubro do ano passado com pedidos de ebulidor de café, papel higiênico, canetas esferográficas, pó de café e sabão que não foram atendidos. 

Um espaço com dois pavimentos que dispunha de apenas duas pessoas trabalhando (eu e uma auxiliar).
Fiz um projeto de revitalização e melhor aproveitamento de espaço a custo baixo, mas nem na pintura, após quase três anos de intensa utilização, eu fui atendido.
Poderia enumerar diversas outras questões de total desprezo ao nosso trabalho e eu disponho deste dossiê.
Saio tranquilo, com sensação de dever cumprido. Houve uma mudança significativa no olhar da nossa cultura. Fiz minha parcela, apesar de toda resistência e má vontade em 
que encontrei durante o período em que estive a frente da Casa Ziraldo. 
O lamentável da história, é que fui chamado ontem, pelo atual Secretário de Cultura, (achei estranho, nunca ninguém me comunicou pra nada, nem para atender minha reivindicações, nem para as festas de fim de ano daquela secretaria) para repassar os eventos que estavam agendados até o final do ano.
E fui surpreendido hoje, com a porta da Casa Ziraldo Cultura fechada com uma nova fechadura e uma exposição, por mim organizada, em pleno funcionamento trancada ao público. Já estava tudo armado.
Só mais tarde li no jornal sobre minha exoneração.
Já passei por situações piores, não me abalo com isso. 

Ao longo da minha vida sempre dediquei a este ideal coletivo e tenho plena capacidade de realizar meus projetos pessoais, independente de qualquer coisa, pois o poder que Deus me deu, esta enraizado em mim e só Ele tira. 
Tenho dito!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Sempre Gabriela

Desde que “eu vim para este mundo”, eu assisto novela. Eu sou um noveleiro incurável. De todos os folhetins televisivos que acompanhei, os que mais me marcaram foram O Bem Amado, O Casarão e Gabriela, todos fizeram História na telinha da TV Globo, nos anos 1970. Até hoje possuo os LPs (os saudoso bolachões) e CDs dessas novelas, e tenho também alguns exemplares da revista TV Guia, com fotos históricas de alguns dos nossos maiores artistas.
Estou assistindo os capítulos da nova versão de Gabriela e o que eu mais gostei foi perceber que a Globo manteve parte da belíssima trilha sonora que foi usada na versão original. Quem acompanhou o remake de Pecado Capital deve ter ficado muito triste ao ter que ouvir o Alexandre Pires (argh!) cantando o tema de abertura, que nos anos 70 foi gravado pelo genial Paulinho da Viola. Graças a Deus a burrice não imperou dessa vez e quem está acompanhando a novela está tendo a oportunidade de ouvir novamente "Guitarra Baiana", com Moraes Moreira; "São Jorge dos Ilhués", com Alceu Valença; "Retirada", com Elomar; "Modinha para Gabriela", com Gal Costa; “Porto”, com MPB4; “Filho da Bahia”, com Fafá de Belém; “Caravana”, com Geraldo Azevedo e “Alegre Menina”, com Djavan. Além disso, o elenco foi bem escolhido, apesar de muita gente achar que a atriz Juliana Paes, aos 33 anos, passou da idade para o papel principal. Antonio Fagundes, interpretando Ramiro Bastos (vivido por Paulo Gracindo em 1975) está a cara do Antonio Carlos Magalhães, mas convence como o líder dos coronéis.

E como eu entendo de televisão tanto quanto a Patrícia Kogut entende de desenho, o melhor mesmo é lembrar a edição de uma das revistas mais divertidas já publicadas no Brasil: Klik. Editada pela Ebal, de Adolfo Aizen, a publicação foi para as bancas em 1975, e seguia a linha da consagrada Mad, revista originalmente americana, que no Brasil foi publicada inicialmente pela extinta Vecchi. A diferença, é que a revista da Ebal era 100% escrita e desenhada por brasileiros. Logo na edição de estréia, Klik ofereceu aos leitores uma história em quadrinhos satirizando a novela Gabriela.
Uma das cenas mais divertidas na sátira da revista, e que encerra os quadrinhos, mostra o encontro do Coronel Melk Tavares (Gilberto Martinho) com Jorge Amado. O trabalho do desenhista Roberto Azevedo, que ilustrou os textos de Cláudio Almeida, fez tanto sucesso na época que até Jorge Amado escreveu uma carta a Adolfo Aizen solicitando o envio de cinco exemplares da revista para os arquivos do escritor. Obviamente que Aizen atendeu prontamente o autor de Gabriela.
Para o leitor  ter uma ideia do que circulou na época, selecionei, além da capa da revista, alguns desenhos interessantes que saíram na citada edição.
  

Em tempo: viva Sônia Braga! Apesar de esquecida pela mídia moderninha, a atriz pode ser apreciada no site Youtube com vários momentos da novela Gabriela na versão original, inclusive a cena que ela sobe no telhado para pegar uma pipa. Imperdível!






segunda-feira, 25 de junho de 2012

Recado a um professor/doutor de literatura da Uerj


Curador de Arte é o profissional capacitado pela concepção, planejamento, montagem e supervisão de uma exposição de arte, além de ser também o responsável pela execução e revisão dos impressos. Cabe ao curador planejar os detalhes das obras que serão expostas e suas especificações, tanto com o(s) artista(s) ou seus herdeiros. Existem curadores de caráter público ou privado, e podem atuar em galerias de arte, museus, fundações e casas de cultura. Geralmente são especialistas em História da Arte, Filosofia ou Estética, ou ainda pesquisadores e artistas que expandiram suas atuações como expositores. A palavra "curador" vem do latim tutor "aquele que tem uma administração a seu cuidado".
Como diz a “poesia” desbragada de Sharon Acioly, “Cada um no seu quadrado!”.

sábado, 9 de junho de 2012

Gutemberg Monteiro na ABI

A homenagem ao desenhista Gutemberg Monteiro promovida pela Associação Brasileira de Imprensa – ABI, na quarta-feira passada, foi muito interessante e contou com as presenças de alguns dos maiores mestres do desenho brasileiro, entre eles AdailBenícioJosé MenezesNilton RamalhoWalmir Amaral e os jovens MagonLiliana Ostrovsky e Jeff Bonfim (do grupo Caricatura Solidária), além de AlviñoOta e Sergio CaldieriA ideia partiu do jornalista e também caricaturista Ucha, que aproveitou a oportunidade para gravar depoimentos de Gutemberg Monteiro, além dos artistas presentes.
Abaixo uma pequena coleção de fotos mostrando como foi essa noite histórica.

Guremberg entre os amigos do grupo Caricatura Solidária, 
Magon, Jeff e Liliana
Liliana Ostrovsky e Benício
Mauricio Azêdo, presidente da ABI, e Gutemberg
Benício e Newton Ramalho
Walmir Amaral e Jeff Bonfim
Ota registra seu depoimento observado por Jeff
Eu, Adail e José Menezes