Quanto paga uma editora que não é de bronze, não é de prata e nem é de ouro
Há tempos escuto histórias sobre as péssimas condições de trabalho de boa parte de nossos desenhistas. Quer sejam eles cartunistas ou ilustradores, a maioria vive se queixando do quanto as editoras pagam por um desenho.
Entendo que a queixa é velha. Porém, espanta-me o fato de saber que algumas editoras insistem em pagar valores abaixo da crítica, mesmo quando aparentemente vendem bem suas publicações. E espanta-me mais ainda o fato de muitos dos nossos desenhistas aceitarem valores tão acachapantes.
No Rio de Janeiro, existe uma dessas editoras que têm a petulância de oferecer a bagatela de R$ 35,00 por uma caricatura. O leitor não entendeu errado. Estamos falando mesmo de R$ 35,00. O ridículo valor deveria ser estudado e divulgado pelo Guinness Book como recordista absoluto na categoria farinha-pouca-meu-pirão-primeiro. Importante ressaltar que a tal editora não é pequena nem alternativa. Na verdade, trata-se de uma das maiores empresas do País, que adquiriu há pouco tempo duas outras famosas editoras cariocas. Essa editora tornou-se famosa por jogar nas bancas de jornais dezenas de revistas especializadas em passatempos. Além disso, possui muitos títulos de livros, alguns famosos e sabidamente com boa vendagem. Trata-se, portanto, de uma editora de grande porte que possui, inclusive, um parque gráfico em plena atividade, pelo qual terceiriza serviços de impressão e acabamento de livros e revistas para outras empresas do ramo. Obviamente que qualquer leitor, por mais leigo que seja, mesmo que nunca tenha completado um jogo de palavras-cruzadas na vida, sabe a qual editora estou me referindo.
Dia desses, tive acaloradas conversas com alguns dos colegas que colaboram com a tal editora. Eu não consigo entender por que um artista de talento e com alguma experiência de mercado aceita um valor como esse. Durante essas conversas, um dos colegas tentou se justificar dizendo que o mercado anda tão ruim das pernas que é melhor trabalhar por valores ridículos do que não trabalhar. Então, fica combinado assim: para não deixar de trabalhar, parte de nossos caricaturistas aceita desenhar por R$ 35,00! Outra justificativa defendida por um segundo colega afirma que, se a gente não aceitar os imorais R$ 35,00, outro profissional chega e acaba pegando o serviço. Então, fica combinado assim: trabalhar para a tal editora é como se fosse uma corrida de otários travestidos de desenhistas. O bobo que chegar primeiro pega o trabalho. Convenhamos: desenhar por 35 merrecas é coisa de trouxa mesmo.
Em outra conversa com um terceiro colaborador (ou seria trouxa?) da tal editora, o desenhista afirma que está apenas montando seu portfolio. Quer dizer, o cartunista aceita trabalhar pelos absurdos R$ 35,00 para poder apresentar no futuro um portfolio para outras editoras. Se eu, que não atuo na tal empresa especializada em publicar revistinhas de passatempos, conheço os valores nojentos que eles pagam por uma caricatura, logicamente que outros editores também devem saber. E é claro que, ao mostrar um portfolio com trabalhos publicados na citada editora, o infeliz desenhista será facilmente identificado e taxado como uma espécie de “Ricardo Eletro” do desenho. O que contamina todo o mercado editorial. Ou alguém aqui acha que um desenhista que aceita produzir um traço qualquer que seja por 35 irreais sabe negociar seu trabalho pelo fato de estar conversando com outra editora?
Outra tese defendida por um desses colegas é que, publicando na esperta editora, o desenhista pode adquirir fama e consagração no mercado editorial e, assim, será lembrado para realizar outros trabalhos. Balela total. Que eu saiba, nenhum desses colegas é conhecido como o Fulano da tal editora, como acontecia nas publicações de O Malho, Careta, O Cruzeiro, Mad e O Pasquim, cujas marcas se confundiam com as chancelas de alguns de nossos principais desenhistas.
Estas linhas não pretendem servir de crítica à tal empresa que todos os meses, há mais de trinta anos, joga nas bancas de jornais dezenas de revistinhas de passatempos. A minha bronca é mesmo direcionada a esse grupo de colegas de trabalho que, de certa forma, ajuda a prejudicar nosso capenga mercado editorial quando aceitam desenhar por inúteis R$ 35,00. Entendo que esses desenhistas façam na verdade o papel de garçons que entregam seus desenhos numa bandeja de lata, já que 35 pilas por uma caricatura se caracteriza mais como uma gorjeta do que um pagamento.
Que me perdoem os garçons, que não são nem um pouco bobos quando se trata de pagamento, mas a comparação foi inevitável. Por falar em garçom... Me deu uma vontade imensa de ir até o Largo do Machado, entrar no Lamas e pedir um “coquetel”. Saúde!
segunda-feira, 29 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Deu no DO
Enviado gentilmente pelo André Brown, cópia do Diário Oficial com a Resolução da Criação do Centro de Referência do Humor Gráfico.
RESOLUÇÃO SMC Nº 142, DE 23 MARÇO DE 2010
Cria o Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico a funcionar no Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho – Castelinho do Flamengo.
A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE CULTURA, no uso das atribuições que lhes são conferidas pela legislação em vigor e, CONSIDERANDO a importância da formação de um olhar do cidadão sobre a produção das várias manifestações artísticas na área do Humor Gráfico da Cidade do Rio de Janeiro;
CONSIDERANDO a importância da formulação de política que atribua a verdadeira dimensão a produção de Humor Gráfico no âmbito da Cidade do Rio de Janeiro;
RESOLVE:
Art. 1º. Fica criado no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura, vinculado ao Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho, o Centro de Referência do Humor Gráfico Carioca.
Art. 2º. Fica criado o Comitê Consultivo de Diretrizes de Gestão do Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico.
§ 1º O Comitê previsto no capítulot será composto por doze membros terá a seguinte composição:
Representantes do Poder Público:
- Gerente de Artes Visuais - Ana Lucia Maia Durães, que o presidirá
Sociedade Civil com notória especialização na área de Humor Gráfico:
Claudius Ceccon (cartunista Claudius)
Eliane Gomes de Oliveira
Francisco Paulo Hespanha Caruso (cartunista Chico)
Henrique Woitschach (cartunista Ique)
Ivan Consenza de Souza (filho do cartunista Henfil)
Lan Franchesco (cartunista Lan)
Maria Arlete Gonçalves
Rafael Cardoso
Renato Aroeira (cartunista Aroeira)
Ziraldo Alves Pinto (cartunista Ziraldo)
§ 2º Os membros integrantes do Comitê previsto no capítulo não receberão qualquer gratificação para seu exercício, sendo considerado trabalho de grande relevância pública.
Art 3º . Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
RESOLUÇÃO SMC Nº 142, DE 23 MARÇO DE 2010
Cria o Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico a funcionar no Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho – Castelinho do Flamengo.
A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE CULTURA, no uso das atribuições que lhes são conferidas pela legislação em vigor e, CONSIDERANDO a importância da formação de um olhar do cidadão sobre a produção das várias manifestações artísticas na área do Humor Gráfico da Cidade do Rio de Janeiro;
CONSIDERANDO a importância da formulação de política que atribua a verdadeira dimensão a produção de Humor Gráfico no âmbito da Cidade do Rio de Janeiro;
RESOLVE:
Art. 1º. Fica criado no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura, vinculado ao Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho, o Centro de Referência do Humor Gráfico Carioca.
Art. 2º. Fica criado o Comitê Consultivo de Diretrizes de Gestão do Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico.
§ 1º O Comitê previsto no capítulot será composto por doze membros terá a seguinte composição:
Representantes do Poder Público:
- Gerente de Artes Visuais - Ana Lucia Maia Durães, que o presidirá
Sociedade Civil com notória especialização na área de Humor Gráfico:
Claudius Ceccon (cartunista Claudius)
Eliane Gomes de Oliveira
Francisco Paulo Hespanha Caruso (cartunista Chico)
Henrique Woitschach (cartunista Ique)
Ivan Consenza de Souza (filho do cartunista Henfil)
Lan Franchesco (cartunista Lan)
Maria Arlete Gonçalves
Rafael Cardoso
Renato Aroeira (cartunista Aroeira)
Ziraldo Alves Pinto (cartunista Ziraldo)
§ 2º Os membros integrantes do Comitê previsto no capítulo não receberão qualquer gratificação para seu exercício, sendo considerado trabalho de grande relevância pública.
Art 3º . Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Mensagem do ilustrador Salmo Dansa
Estou vivendo uma situação muito difícil e resolvi pedir ajuda ou uma sugestão para um problema que até agora não vejo saída.
Durante o ano de 2009, tive meu trabalho selecionado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ para participar da Bienal de Ilustrações de Bratislava – BIB 2009. Enviei 5 ilustrações e um exemplar do livro selecionado para Bratislava pelo Correio (ECT) e após a exposição, as ilustrações retornaram ao Brasil pela transportadora DHL.
O problema começou quando no dia 12/02/2010 o entregador da DHL que trazia minha remessa me informou que eu teria que pagar a importância de R$3.288,79 correspondentes ao valor pago pela empresa à Receita Federal para liberação das minhas ilustrações pela Alfândega do Aeroporto de Guarulhos e como não paguei, não pude receber meus trabalhos de volta. Por telefone e email tive a informação de que se eu não pagar a multa até o dia 21/04/2010 a DHL irá destruir a remessa por considerá-la abandonada pelo destinatário.
Na Receita Federal do Rio de Janeiro me orientaram a fazer um RECURSO DE OFÍCIO para tentar reverter a decisão da multa. Entretanto, os próprios funcionários da Receita não acreditam que haja tempo hábil para evitar que a remessa seja destruída nem que poderei ser ressarcido do valor da multa. A Receita afirma que meu problema agora é com a DHL que é quem está retendo minhas ilustrações e entende que, se a multa foi paga é porque o pagante reconheceu o débito sendo assim irreversível.
Em janeiro deste ano a empresa DHL cobrou multa da ilustradora Thaís Linhares por motivos semelhantes e se nega a mostrar a documentação emitida pela Receita Federal para o pagamento da multa no momento da liberação da minha remessa. Diante da proximidade do prazo final imposto pela empresa sinto-me impotente e ameaçado de perder uma parte importante de minha obra. Fui selecionado para representar meu país em um evento internacional e agora estou sendo ameaçado por uma empresa multinacional. Como reverter esse equívoco?
Agradeço a atenção de todos.
Salmo Dansa (www.dansa.com.br)
Durante o ano de 2009, tive meu trabalho selecionado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ para participar da Bienal de Ilustrações de Bratislava – BIB 2009. Enviei 5 ilustrações e um exemplar do livro selecionado para Bratislava pelo Correio (ECT) e após a exposição, as ilustrações retornaram ao Brasil pela transportadora DHL.
O problema começou quando no dia 12/02/2010 o entregador da DHL que trazia minha remessa me informou que eu teria que pagar a importância de R$3.288,79 correspondentes ao valor pago pela empresa à Receita Federal para liberação das minhas ilustrações pela Alfândega do Aeroporto de Guarulhos e como não paguei, não pude receber meus trabalhos de volta. Por telefone e email tive a informação de que se eu não pagar a multa até o dia 21/04/2010 a DHL irá destruir a remessa por considerá-la abandonada pelo destinatário.
Na Receita Federal do Rio de Janeiro me orientaram a fazer um RECURSO DE OFÍCIO para tentar reverter a decisão da multa. Entretanto, os próprios funcionários da Receita não acreditam que haja tempo hábil para evitar que a remessa seja destruída nem que poderei ser ressarcido do valor da multa. A Receita afirma que meu problema agora é com a DHL que é quem está retendo minhas ilustrações e entende que, se a multa foi paga é porque o pagante reconheceu o débito sendo assim irreversível.
Em janeiro deste ano a empresa DHL cobrou multa da ilustradora Thaís Linhares por motivos semelhantes e se nega a mostrar a documentação emitida pela Receita Federal para o pagamento da multa no momento da liberação da minha remessa. Diante da proximidade do prazo final imposto pela empresa sinto-me impotente e ameaçado de perder uma parte importante de minha obra. Fui selecionado para representar meu país em um evento internacional e agora estou sendo ameaçado por uma empresa multinacional. Como reverter esse equívoco?
Agradeço a atenção de todos.
Salmo Dansa (www.dansa.com.br)
sábado, 27 de março de 2010
Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico
Ferreth, André Brown, Adail e Magon
Convidados pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, sob a gestão de Jandira Feghali, diversos cartunistas participaram da inauguração do Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico, no Castelinho do Flamengo. Entre os cartunistas, estiveram presentes os colegas Adail, André Bronw, Aroeira, Carla Rosa, Chico Caruso, Diego Novaes, Ferreth, Guidacci, Ique, Leo Martins, Magon, Nani, Nei Lima, Ota, além de Eliana Caruso (curadora do Festival Internacional de Humor do Rio de Janeiro), do ator e humorista Antonio Pedro, Ivan de Souza (filho de Henfil) e o casal Rick Goodwin e Ana Pinta (curadores de diversos eventos do gênero).
Um cartunista gaiato soltou a seguinte piada: Nós cartunistas sempre fazemos charges para criticar os políticos que adoram inaugurar obras inacabadas. E cá estamos nós participando da inauguração do Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico. E olha que nem começaram as obras...
Convidados pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, sob a gestão de Jandira Feghali, diversos cartunistas participaram da inauguração do Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico, no Castelinho do Flamengo. Entre os cartunistas, estiveram presentes os colegas Adail, André Bronw, Aroeira, Carla Rosa, Chico Caruso, Diego Novaes, Ferreth, Guidacci, Ique, Leo Martins, Magon, Nani, Nei Lima, Ota, além de Eliana Caruso (curadora do Festival Internacional de Humor do Rio de Janeiro), do ator e humorista Antonio Pedro, Ivan de Souza (filho de Henfil) e o casal Rick Goodwin e Ana Pinta (curadores de diversos eventos do gênero).
Um cartunista gaiato soltou a seguinte piada: Nós cartunistas sempre fazemos charges para criticar os políticos que adoram inaugurar obras inacabadas. E cá estamos nós participando da inauguração do Centro Carioca de Referência do Humor Gráfico. E olha que nem começaram as obras...
quarta-feira, 24 de março de 2010
Ziraldo na UERJ 2
O ator Antônio Pitanga e o professor Ricardo Ferreira Freitas entrevistam Ziraldo
No dia 22, no Teatro Noel Rosa, na UERJ, Ziraldo participou do Conversa de Artista, que teve a participação do Professor Ricardo Ferreira Freitas e do ator Antônio Pitanga. Durante a apresentação, Ziraldo aproveitou para retificar sua opinião sobre a importância de incentivar a leitura nas escolas. O cartunista não se cansa de repetir que “ler é mais importante do que estudar”.
No dia 22, no Teatro Noel Rosa, na UERJ, Ziraldo participou do Conversa de Artista, que teve a participação do Professor Ricardo Ferreira Freitas e do ator Antônio Pitanga. Durante a apresentação, Ziraldo aproveitou para retificar sua opinião sobre a importância de incentivar a leitura nas escolas. O cartunista não se cansa de repetir que “ler é mais importante do que estudar”.
sábado, 20 de março de 2010
Ziraldo na UERJ
quarta-feira, 17 de março de 2010
Chico Anysio
Hoje, 17 de março, no Museu da Imagem e do Som, durante entrevista do ator e humorista Chico Anysio para a série Depoimentos Para a Posteridade, o cartunista Ziraldo comentou que na história da humanidade existem algumas pessoas que são únicas em suas atividades (o criador do Menino Maluquinho citou como exemplo o pintor e inventor Leonardo da Vinci), e que no Brasil duas podem ser apontadas sem pestanejar como geniais. Uma delas é o Rei Pelé, o melhor jogador do mundo; e Chico Anysio que, além de ser um brilhante ator e humorista, é também ótimo compositor, escritor, locutor, comentarista esportivo e pintor.
Fui assistir a gravação do depoimento (que é aberta ao público gratuitamente) que aconteceu entre as 11:30h às 15:40h, e que teve, além de Ziraldo, as participações do editor Paulo Rocco, da atriz Marília Pêra, do diretor de televisão Maurício Sherman e de Rosa Maria Araújo diretora do MIS.
Para não perder a oportunidade de ter uma das minhas peças autografadas, escolhi uma das minhas revistas antigas que tivesse algum artigo sobre Chico Anysio. Coincidentemente, levei justamente a reprodução de um diálogo entre Pelé e Coalhada (famoso personagem de Chico) que foi ao ar no programa Chico City, em dezembro de 1976. O diálogo transcrito foi editado pela revista TV Guia, n° 18, e apresenta uma belíssima caricatura assinada pelo ótimo Baíta.
Maurício Sherman, Chico Anysio e Ziraldo
sábado, 6 de março de 2010
Muito Especiais
A pintora Luísa Pohl e a bela atriz Claudia Alencar |
O pintor Daniel Ferreira |
Melina Pedroso e seus Peixes Apaixonados |
A exposição apresenta as obras de 27 artistas com necessidades especiais, entre pintores, desenhistas, escultores e outras manifestações artísticas. Sob a curadoria de Jorge de Salles, a Exposição de Arte Muito Especial fica em cartaz até o dia 4 de abril. O Centro Cultural Justiça Federal fica na Avenida Rio Branco, n° 241, na Cinelândia. Não deixe de visitar e conhecer as histórias dessas talentosas pessoas que nos dão exemplos claros de superação.
Mais detalhes no site do evento no endereço: http://www.exposicaomuitoespecial.org.br/
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